| Reuters |
Usuários querem a volta de jogos simples e divertidos, como Pac Man |
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Deanna Lockard não é fã de videogames, pelo menos não mais. "Os jogos são entediantes, e eu só perco", reclama a estudante de 23 anos de idade. Ela acha que os títulos atuais são difíceis e longos demais se comparados à facilidade de jogos clássicos como Frogger e Super Mario Bros.
À medida que o setor de videogames se prepara para outro salto de tecnologia que promete inspirar uma nova leva de títulos, alguns jogadores afastados como Lockard lamentam a ausência de um elemento que não existe nos games atuais: diversão simples e atraente. E o problema dos jogadores que perderam o entusiasmo inspirou uma sessão de debates com o título "meu jogo é divertido?"
"Estamos avançando por uma estrada em que os jogos se tornaram muito complicados e complexos e as pessoas sentem falta da diversão", disse Ankarino Lara, diretor do site GameSpot, especializado em videogames. Refletindo suas origens como fabricante de jogos de cartas e brinquedos, a Nintendo é a empresa que mais expressa preocupação quanto à complexidade dos jogos atuais, que segundo ela estão limitando o setor de videogames, que fatura US$ 10 bilhões ao ano, em seu potencial de expansão.
Jogadores casuais
"Os jogadores mais adeptos têm imenso apetite por desafios, mas os jogadores casuais querem menos dificuldade", disse Satoru Iwata, presidente da Nintendo, em discurso alguns meses atrás. "Na Nintendo, acreditamos que seja nossa responsabilidade produzir jogos para todos os níveis de habilidade", disse. "E isso inclui pessoas que ainda não estão jogando os nossos títulos."
Os observadores do setor dizem que títulos como Donkey Kong Jungle Beat, da Nintendo, um jogo no qual os participantes controlam o personagem usando bongôs, e Nintendogs, game em que os usuários treinam e criam um cachorro virtual, podem abrir as portas a novos títulos divertidos e fáceis.
O movimento para atingir os jogadores mais casuais vem ganhando adeptos no setor de videogames. "É uma questão importante para o setor, se ele deseja levar os jogos a um mercado de massa ainda maior", disse Doug Lowenstein, presidente da associação setorial Entertainment Software Association. "É preciso criar muitos jogos de que muita gente diferente goste."
Entretanto, o debate sobre como os jogadores definem diversão continua. O presidente-executivo da Midway Games, David Zucker, afirmou que o principal público da companhia, homens de 18 a 34 anos, têm um senso mais maduro de diversão que envolve complexidade e imersão total. "Caras de trinta anos não querem Pikmins recolhendo cogumelos", disse Zucker, referindo-se ao personagem meio planta, meio animal, de um jogo da Nintendo.
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Atualizada às 13h34
