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Neo, o personagem central da trilogia Matrix, volta aos games |
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Durante visita ao "lounge" da Atari na E3 sentamos com o presidente da Shiny Entertainment, David Perry, para que ele nos apresentasse The Matrix: Path of Neo, seu novo jogo baseado na trilogia Matrix. A apresentação foi um bate papo acompanhado de vídeos que explicavam as idéias por trás do projeto, mas depois foi possível jogar duas fases da versão para Playstation 2 em uma sala de degustação montada pela Atari.
The Matrix: Path of Neo é a segunda tentativa da Shiny de re-criar o universo de Matrix em videogame. O primeiro jogo, Enter the Matrix, foi um sucesso comercial, mas não agradou à crítica, e nem a Perry, que o considera um jogo bem longe do ideal. Uma das principais queixas era a proibição, por parte dos irmãos Wachowsky, de utilizar os personagens Neo, Trinity e Morpheus no jogo, o que forçou a Shiny a utilizar Niobe e Ghost, que não têm muita afinidade com os fãs dos filmes.
Mas desta vez o herói principal é ele, o escolhido: Neo. E a história do jogo seguirá aquela da trilogia cinematográfica, mas vista pela visão de Neo, com alguns eventos diferentes que incluem até um novo final, para satisfazer o público que não gostou do desfecho da história no cinema. Seqüências célebres, como o tiroteio na portaria do edifício e a luta com milhares de Smiths foram recriadas com incrível nível de fidelidade e detalhamento no jogo - segundo Perry, a versão demonstrada já tinha uma luta contra 750 Smiths se amontoando na tela, mas na final o número deverá chegar a 1500.
O estilo de jogo continua focado na ação, roubando até alguns elementos de God of War como os combos com indicadores na tela de qual botão apertar. Se fizermos uma seqüência de golpes qualquer, aparece na tela o indicador de triângulo, então se apertamos na hora, Neo pode jogar a arma para o alto, dar uma cambalhota por cima do inimigo e pegá-la no ar para realizar um ataque especial.
Visualmente, Path of Neo está excelente. Tecnicamente, Perry diz que conseguiram um pequeno milagre de modelar milhares de Smiths, e de usar pela primeira vez no Playstation 2 a tecnologia "normal mapping" que reproduz efeitos de luz e volume realistas em texturas e que normalmente só é possível em PCs e nos jogos mais sofisticados de Xbox.
As duas fases que jogamos eram a do tiroteio no edifício e outra que parecia tirada de um sonho de Neo, em um jardim japonês, toda em preto e branco. Na primeira, Trinity acompanha o jogador atirando e fazendo todo aquele balé visto no filme, em seqüências cheias de scripts. Já no jardim, Neo usa uma espada para eliminar inimigos criados pela Matriz. Em ambas, a ação nos pareceu simples e muito baseada em scripts, mas também bastante espetacular, no estilo das coreografias do filme.
* Direto de Los Angeles
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